Paula Vigneron
02/08/2017 15:11 - Atualizado em 03/08/2017 13:26
Moradores da Penha se reuniram em frente ao posto de saúde do bairro, no início da tarde desta quarta-feira (2), para uma manifestação. Eles criticaram o aumento do valor da passagem social, de R$ 1 para R$ 2, e o corte do Cheque Cidadão para os beneficiários que também recebem Bolsa Família. O grupo, que alegou, ainda, dificuldades na marcação de consultas e falta de medicamentos, ateou fogo em galhos e madeiras na esquina da rua Rossine Quintanilha Chagas e avenida Henrique Guitton.
Durante o ato, Sandra Helena Florêncio, de 43 anos, explicou que diversas famílias estão passando necessidade devido ao corte dos programas sociais. “Nós pegamos o Cheque Cidadão há muitos anos. A gente quer saber o que tem a ver o vale com Bolsa Família. Quando tem recadastramento, eles vão até a nossa casa. Este ano, foram duas vezes. Estamos dentro do perfil”, comentou.
Outro aspecto apontado pela moradora foi em relação aos serviços no posto de saúde. Segundo ela, a população não tem conseguido os medicamentos necessários, e os pacientes só conseguem marcar consultas para o mês posterior. “Você pega ficha em um mês e só é atendido no outro. Não era assim. Nós estamos esquecidos”, declarou.
Em nota, a secretaria de Desenvolvimento Humano e Social declarou que, “com a criação do Cartão Cooperação, que substituiu o Programa Cheque Cidadão, novos critérios foram estabelecidos para que famílias possam ser beneficiadas. O programa passou a valer a partir do dia 8 de julho. E, a partir desta data, os pagamentos ficam suspensos por 90 dias, para fins de revisão dos beneficiários, de acordo com os novos critérios ora estabelecidos na Lei. Não haverá recadastramento e, sim, revisão de dados, para que seja feito o cruzamento de informações”.
Protesto de moradores da Penha
Protesto de moradores da Penha
Protesto de moradores da Penha
Quanto à passagem social, a assessoria de comunicação explicou que “o município está subsidiando o valor de R$ 0,75, diminuindo o valor dado às empresas, que antes era de R$ 1,75. As medidas passaram a valer trinta dias após a data de publicação da Lei nº 8.754 no Diário Oficial, no dia 8 de junho”.
A secretaria de Saúde, por meio do departamento de Assistência Farmacêutica, informou “que têm sido realizadas entregas dos medicamentos regularmente à unidade de saúde da Penha. Uma nova entrega está prevista para esta quinta (03), conforme estabelecido em cronograma”.