Goyta-Cano novamente decisivo
11/08/2017 18:54 - Atualizado em 12/08/2017 17:35
Pouco mais de um mês depois da vitória alvianil por 2 a 1, na semifinal da Taça Santos Dumont, Americano e Goytacaz voltam a se enfrentar, neste sábado, desta vez em confronto direto pela vice-liderança geral da Série B1 do Campeonato Estadual. Marcado para as 15h, no estádio Ary de Olveira e Souza, o duelo valerá pela sétima rodada da Taça Corcovado. Enquanto os técnicos Paulo Henrique e João Carlos Ângelo fazem mistério nas escalações e estudam a melhor forma de vencer o rival, o clássico já começou do lado de fora do campo, com lembranças e provocações de torcedores dos dois clubes.
Hervé Rodrigues Gomes, de 48 anos, herdou o amor pelo Goytacaz do avô, o jornalista Hervé Salgado, que sempre foi um parceiro de arquibancada do neto. “A grande paixão do meu avô era o Goytacaz. Então, está no meu sangue. Cresci torcendo e está comigo até hoje”, conta. Também vem da infância o sentimento de Fabiano Artiles Martins Junior, de 32 anos, pelo Americano. “Sou alvinegro desde o berço. A primeira camisa que eu vesti na vida foi do Americano. Quando eu saí do berçário, meu avô e meu pai me deram. É de família, meu avô era conselheiro”, recorda.
Com tantos anos acompanhando os clubes campistas, os torcedores guardam na memória clássicos marcantes. “Fui com meu avô em um amistoso no campo do Americano, o antigo Godofredo Cruz. Eu tinha nove ou dez anos de idade. Na ocasião, o zagueiro Cleiton fez o gol da vitória por 1 a 0”, lembra Hervé, com o saudosismo de sempre da torcida alvianil. “O jogo de 2015 foi muito bonito. O Goytacaz abriu 2 a 0, mas o Americano buscou o empate. Teve um sabor de vitória. Também o do ano passado, vencido pelo Americano. Mas o de 2015 foi muito especial pelo equilíbrio”, devolve Fabiano.
Como era de se esperar, não faltaram os palpites para o clássico deste sábado. “Como foi campeão do primeiro turno, O Goytacaz começou o segundo dando uma relaxada, o que é normal, mas a vitória da última terça (8), sobre o Barra Mansa, colocou o time na briga. Além da rivalidade, vencer o clássico é importante, porque a gente quer ter a vantagem na semifinal. Todo clássico é emocionante. Acho que vai ser 2 a 1 pro Goyta outra vez”, arrisca Hervé. “No clássico anterior, fizemos um bom jogo, apesar da derrota. Com a chegada do técnico João Carlos, acho que vamos ver o Americano um pouco mais organizado. É um jogo muito importante, mas palpito 2 a 0 pro Americano”, rebate Fabiano. Que vença o melhor!
Escolta para torcidas e entradas distintas
Se foi tranquilo dentro das quatro linhas, o primeiro confronto entre Americano e Goytacaz em 2017 teve uma confusão antes da bola rolar, nas bilheterias, quando torcedores alvinegros passaram correndo no meio de uma concentração de parte da torcida alvianil. Já na saída, o diretor do setor administrativo do Cano, Ciro Andrade, foi agredido e roubado por torcedores rivais. Por conta disso, o clássico da Taça Corcovado contará com reforço na segurança. Após reunião na última quinta-feira (10), na sede do 8° Batalhão de Polícia Militar, ficou definido que 200 policiais vão atuar dentro e fora do estádio. Participaram da reunião representantes das duas diretorias e torcidas.
De acordo com o planejamento de segurança, os torcedores marcarão pontos de encontro e serão escoltados pela PM até o Aryzão. Guardas civis municipais também reforçarão o esquema nos arredores do estádio. A entrada da torcida do Americano será pela rua Tenente Coronel Cardoso (Formosa), enquanto a do Goytacaz entrará, como de costume, pelos portões da rua dos Goitacazes (do Gás). O trânsito será fechado nas duas vias para evitar tumulto.

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