O ex-governador Anthony Garotinho (PR) e a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR) continuam “enrolados” em processos com a Justiça. Os dois foram apontados por ex-executivos da Odebrecht como recebedores de propina nas obras do Morar Feliz. O casal também é investigado em ações eleitorais e penais da Chequinho, que apuram suposto uso do programa Cheque Cidadão para a compra de votos. Eles também estão no alvo do Ministério Público, que abriu outra investigação sobre possíveis irregularidades nas obras das calçadas na área central do município em 2016. Além disso, começam a ter andamento na Justiça Eleitoral outros processos envolvendo os dois sobre supostas irregularidades na eleição municipal.

Em uma delas, movida pelo deputado estadual e então candidato à Prefeitura Geraldo Pudim (PMDB), envolve irregularidades em propagandas institucionais e pede a declaração de inelegibilidade por suposto abuso de poder econômico e político. O juiz Heitor Carvalho Campinho, titular da 76ª Zona Eleitoral de Campos e responsável pelo caso, determinou a intimação da advogada Eliza Pompermayer Abud, representante de Pudim, para dar ciência sobre um despacho, dando andamento ao processo.

Além de Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, são réus na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) nº 67011 o então candidato a prefeito Dr. Chicão (PR) e a coligação “Frente Popular Progressista de Campos”, formada por PR, PSDB, PTB, PTC, PHS, PRP, PRTB, PT do B, SD, PSL, PRB, PMB e PSD.

Recurso — A presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargadora Jacqueline Montenegro, divulgou no Diário Oficial a pauta da próxima sessão ordinária da Corte, que acontece na segunda-feira (17). Nela consta a retomada do julgamento de um mandado de segurança impetrado pelo então advogado de Garotinho, Fernando Fernandes, que contesta a decisão do juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral, que proibiu os advogados de ligarem os celulares durantes as sessões das ações penais da Chequinho.

CPI — Além das ações na Justiça, Garotinho e a esposa estão no centro das investigações das CPIs da Lava Jato e das Rosas, na Câmara de Vereadores. A CPI da Lava Jato apura o contrato da Prefeitura com a Odebrecht para a construção de casas populares. Nesta semana, o presidente da Comissão, vereador Genásio (PSC), informou que irá pedir ao Ministério Público cópia dos depoimentos que os executivos da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior e Leandro Azevedo prestaram em Campos, no dia 26 de junho. Segundo Genásio, é preciso saber tudo o que foi relatado pelos empresários, para entender e contribuir com as investigações. “Assim como, ao final da CPI, vamos encaminhar cópia ao Ministério Público. Tudo no tempo certo”, afirmou.