Um homem foi acusado de conspirar para assassinar o presidente francês, Emmanuel Macron, no dia da Bastilha, durante a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à França. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) por uma porta-voz do Ministério Público de Paris.
Agnès Thibault-Lecuivre informou que o suspeito, um homem de 23 anos, foi preso. Segundo os investigadores, o homem planejava atacar Macron no dia 14 de julho, durante o tradicional desfile militar nos Champs-Élysées em Paris, onde o presidente Trump será o convidado de honra.
De acordo com a emissora de rádio francesa, France Info, o suspeito foi preso na quarta-feira (28) no subúrbio de Argenteuil, no noroeste de Paris, pelas forças do antiterrorismo francês, e foi acusado de "atividade terrorista individual”.
O próprio homem se definiu como um nacionalista de extrema direita, e confessou à polícia que queria realizar um ato político matando Macron. Ele também disse que queria atacar "negros, árabes, judeus e homossexuais".
As forças de segurança foram alertadas pelos usuários de um site de videogames, depois que o suspeito declarou nas salas de conversa do jogo querer comprar um fuzil Kalashnikov para realizar um ataque.
Segundo a polícia francesa é ainda muito cedo para afirmar se o suspeito está ligado a uma rede mais ampla, mas ele já foi condenado por atividades ligadas ao terrorismo em 2016.
No ano passado, 86 pessoas morreram em um ataque terrorista realizado com um caminhão durante as comemorações do dia da Bastilha em Nice, na França.
Na segunda-feira, Macron anunciou que eliminaria até o final desse ano o estado de emergência imposto no país desde novembro de 2015.