Jane Ribeiro
26/07/2017 21:03 - Atualizado em 28/07/2017 15:14
A secretaria de Desenvolvimento Ambiental vem atuando para viabilizar um modelo de cooperação técnica para a elaboração do Plano de Manejo na Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa de Cima e do desenvolvimento colaborativo de metodologia de gestão ambiental participativa. Para os ambientalistas, a iniciativa é válida, mas deveria ser feita também com outras unidades de conservação de Campos.
A APA da Lagoa de Cima está inserida na zona de amortecimento do Parque Estadual do Desengano e é necessário que o plano respeite as características do plano do parque. Em uma unidade de conservação, as ações que derivam do plano de manejo contribuem para aumentar o grau de implementação da unidade, trazendo toda infraestrutura que resulta na melhoria do seu grau de conservação.
O assessor chefe de Planejamento Ambiental da secretaria de Desenvolvimento Ambiental, Diogo Sodré, explica que a metodologia de gestão ambiental participativa visa estreitar a relação entre o munícipe e o departamento de fiscalização da secretaria, reunindo informações que permitam gerir os recursos de forma eficiente, a partir da categorização das ocorrências reportadas pela população. “Estamos elaborando o termo de referência para que a Procuradoria possa analisar”, informou Diogo Sodré.
Segundo o ambientalista Aristides Sofiatti, a Lagoa de Cima já é uma área de preservação ambiental desde 1992, que permite a urbanização e a utilização para a prática de esporte e lazer. Ele acrescenta que a Prefeitura deveria aproveitar e inserir outros locais.
— O Plano Diretor do Município prevê que outros pontos de preservação sejam fiscalizados e administrados, só que isso não acontece. Por exemplo, as lagoas Limpa, do Vigário e das Pedras são unidade de conservação, mas não são fiscalizadas como deveriam. Espero que esse anúncio em relação à Lagoa de Cima não fique apenas no anúncio, que se faça acontecer — disse ele.