Protesto de moradores no Santa Rosa
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Paulo Pinheiro
Após dias de registro de tiroteio entre integrantes de facções criminosas, Guarus viveu um dia de protesto por paz e operação da Polícia Militar. No final da tarde, 10 suspeitos foram detidos e conduzidos à 146ª Delegacia Legal. No início da tarde, moradores do Parque Santa Rosa se manifestaram pedindo tranquilidade. No mesmo horário, a PM apreendeu um menor de 17 anos que tentou atirar contra um policial.
Cerca de 50 pessoas, incluindo crianças, se reuniram na estrada que dá acesso às casas populares do Parque Santa Rosa, ateando fogo em galhos e pneus e segurando cartazes com pedidos de paz para o bairro. Policiais militares estiveram no local.
Uma moradora de 45 anos, que não será identificada, contou que a situação no bairro tem piorado diariamente. A recorrência de confrontos entre grupos rivais foi apontada. “A gente dorme com tiro, acorda com tiro. Já passou tiro de raspão em mim. Queremos paz na comunidade”.
A mulher relatou que quase foi atingida por um disparo enquanto tentava ajudar uma pessoa, na porta de sua casa. “Eram 6 horas, eu estava indo trabalhar. Nunca vi uma situação assim. O Rio de Janeiro, que é uma violência, está mais em paz. Por que Campos não está? Nós precisamos de paz”, reforçou.
Operação - Durante a ação da PM, concentrada no Santa Rosa, Sapo I, Sapo II, Matinha, São Silvestre e Codin, um menor foi detido com um revólver calibre 38. Ele foi abordado por um policial enquanto efetuava disparos em direção a rivais. A abordagem aconteceu na rua 8, na comunidade Sapo II, do Eldorado. Uma rua atrás do contêiner da PM.
Depois que o agente se identificou, o rapaz correu. Na fuga, disparou contra o militar, mas não o atingiu.
No início da noite, outros 10 suspeitos de envolvimento no tráfico de drogas foram detidos. Entre os presos estão oito homens, duas mulheres e quatro menores. Eles foram levados para a 146ª Delegacia de Polícia de Guarus.
Segundo informações dos policiais, todos tem envolvimento no tráfico dos bairros Santa Rosa, Eldorado, nas comunidades do Sapo I e II e teriam participado do tiroteio que aconteceu no Sapo II. (P.V.) (J.R.)
