Marcus Pinheiro
17/07/2017 21:40 - Atualizado em 20/07/2017 12:53
Sem conseguir agendar atendimento oftalmológico no Hospital Geral de Guarus (HGG), em Campos, há quatro meses, um paciente com tumor no olho esquerdo reclamou do excesso de remarcações e ausência de informações por parte da direção. O técnico de radiologia, Rodrigo Abreu, 29 anos, disse que a suspensão do serviço direcionado às primeiras consultas ambulatoriais teria ocorrido há cerca de 9 meses, em razão de um equipamento danificado.
— Agendar não é o problema. O atendimento que até hoje não aconteceu. Em quatro meses foram seis remarcações e nenhuma consulta. Nenhum exame. Nenhuma informação concreta. Dizem que há um aparelho quebrado e por isso as médicas não estariam indo ao hospital. Hoje (ontem) eu seria consultado, mas, mais uma vez a consulta foi remarcada — contou Rodrigo.
Ainda segundo ele, o caso seria cirúrgico. Entretanto, sem recursos para custear o procedimento na rede privada, orçado em R$ 3,5 mil, ele continua aguardando uma solução através do Sistema Único de Saúde (SUS). “Sigo tratando do meu olho com medicamentos e lavagens, mas, preciso da cirurgia. Por isso, preciso ser consultado o quanto antes para dar sequência ao tratamento da forma mais eficiente”, finalizou.
Por meio de nota, a direção do HGG negou que o setor de oftalmologia do hospital esteja fechado. Segundo a nota, no momento, as primeiras consultas não estão sendo realizadas graças à manutenção do aparelho auto refrator - utilizado para avaliar se o paciente precisa usar óculos e qual é o grau – que estaria no conserto.
Questionada pela reportagem da Folha da Manhã, a direção da unidade não informou prazo para reabertura da agenda para as primeiras consultas nem quando os exames por meio do aparelho auto refrator serão normalizados.
O HGG afirmou que estão sendo feitos os exames de retinografia, mapeamento de retina, angiografia, além de consultas de pacientes em tratamento. Segundo o coordenador do ambulatório da unidade, Juliano Marcelino, este ano o equipamento passou por avaliação de técnicos para que o problema fosse resolvido e desde então os exames começaram a ser feitos. “Primeiramente, estamos atendendo a demanda reprimida. Já temos agendados 96 exames de retinografia e 64 para angiografia. Estamos priorizando a marcação daqueles que estavam na fila para que possam ser atendidos o mais rápido possível”, explicou Juliano Marcelino.
Em caso de reclamações e dúvidas, o paciente pode procurar a Coordenação do Ambulatório ou a direção para maiores esclarecimentos. (