Os produtores rurais de Campos e região terão à disposição cerca de R$ 220 milhões, por conta do lançamento do Plano Safra, anunciado nesta quinta-feira (27) pelo Banco do Brasil, informou o superintendente regional da instituição, Marcel Pereira Figueiredo, em reunião com os agricultores na sede da superintendência regional do banco, no Centro.
O superintendente revelou que, dos R$ 103 bilhões previstos para a safra nacional, R$ 340 milhões estarão à disposição do estado do Rio, cabendo à região R$ 220 milhões para custeio a investimentos na lavoura. Serão mantidas taxas de financiamento de 2,5% a 5,5% ao ano
— Campos movimenta cerca de 70% da agricultura estadual, incluindo também a pecuária, logo, proporcionalmente, terá à disposição dos produtores uma fatia maior do total a ser destinado ao estado— informou.
Marcelo acrescentou que, por suas características, a maior parte dos créditos destinados a Campos irá contemplar a agricultura familiar, por meio do Pronaf, e aos pequenos proprietários.
Para os interessados em obter acesso ao crédito, a primeira etapa a ser cumprida é obter informações por meio de visita a uma das agências do banco ou pelo site da instituição. Depois, a segunda etapa consiste numa análise de crédito e montagem do cadastro, que, se aprovado, requer do contratante a apresentação de documentos pessoais e da propriedade. Além da reunião desta quinta-feira, serão ainda realizados seis encontros na região no período da safra para que as regras vigentes deste ano possam ser repassadas para o público-alvo. O próximo encontro será nesta sexta-feira (28), em Itaperuna.
Essas reuniões visam repassar informações das linhas de crédito do Plano Safra, além de envolver parceiros da assistência técnica conveniados com o banco que, em caso seja necessário, poderão prestar serviços ao produtor nesta área.
Para o superintendente de Agricultura de Campos, Nildo Cardoso, os recursos chegam num bom momento em razão da coincidência com um bom regime de chuvas.
— Tivemos sete anos de seca que castigou nossa região. Mas este ano de 2017 foi uma benção porque tem chovido quase toda semana. Além das condições climáticas favoráveis, a disponibilidade desses recursos a taxas de juros menores é estimulante para o produtor — destacou Nildo.