Começa a ganhar corpo a ideia da implantação de um polo agroalimentar no espaço onde nas décadas de 1980 e 1990 funcionou uma unidade Ceasa, em Guarus. O projeto é da Superintendência de Agricultura e Pecuária visando dinamizar a cadeia produtiva do agronegócio em Campos e municípios da região, em um processo de integração envolvendo a comercialização em um raio de 200 quilômetros, chegando a estados vizinhos.
Gestores da Prefeitura participaram de uma reunião onde foi exibido um vídeo, apresentando a estrutura do prédio de 5 mil m² de área.
O prefeito Rafael Diniz destacou os a necessidade de investimentos na agricultura.
— Na agricultura está uma das saídas para gerarmos recursos e reduzir a dependência dos royalties. Se tivessem feito isso quando havia dinheiro para investir, certamente não teríamos esse quadro de crise— disse.
Para esclarecer sobre o projeto de polo, o superintendente de Agricultura, Nildo Cardoso, convidou o especialista Altivo Almeida, que trabalhou na Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
— Há um grande potencial aqui, mas temos que trabalhar pensando em um modelo para funcionar por 40 anos, quando o mundo terá 9,8 bilhões de pessoas e será preciso atender a demanda por alimentos. O modelo de abastecimento das antigas Ceasas está superado — afirmou o especialista.
Altivo observou que é preciso conhecer as potencialidades para investir de forma planejada.
— Muita coisa produzida aqui não é contabilizada como produção local. Com isso, os dados acabam subestimados. A região produz 12% do maxixe do país. Por que não usar isso como uma marca? Por acaso existe aqui uma festa do maxixe? — questionou.
— Também é preciso trabalhar com alta tecnologia, usando nas instalações, sempre que possível, energia solar, água captada da chuva e aproveitar as sobras de forma inteligente — concluiu.
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