Rota de grandes investimentos
Paulo Renato Pinto Porto 22/07/2017 16:20 - Atualizado em 25/07/2017 15:50
Porto do Açu
Porto do Açu / Ascom - Divulgação
Cada vez mais inserida no processo de globalização da economia internacional, a região da Bacia de Campos encontra-se em compasso de espera dos investimentos em alta escala que irão impulsionar os negócios da cadeia de petróleo e gás com as novas rodadas de licitações de blocos de produção a partir de setembro. Novos certames podem gerar investimentos da ordem de US$ 30 bilhões no RJ. Na rota dos investimentos que irão turbinar a economia estão o Porto do Açu, em São João da Barra, e o Polo Industrial do Parque Bela Vista, em Macaé.
No Porto do Açu, a Prumo Logística, que opera e desenvolve o empreendimento, anuncia investimentos R$ 3 bilhões na construção de uma usina térmica a gás e de uma estação de regaseificação (para transformar o gás em estado líquido em gasoso).
Para a implantação da nova térmica, a Prumo vai contar ainda com a parceria da Siemens e da petroleira BP, que devem se tornar sócias da usina. O presidente da Prumo, José Magela Bernardes, estima que o projeto deve gerar três mil vagas a partir do ano que vem, quando começam as obras.
— Desde 2014, já investimos R$ 5 bilhões para finalizar essas obras e outras, como o terminal de óleo e de minério de ferro. Temos o gás do pré-sal. Estamos criando uma solução para evacuar o gás que vem associado ao petróleo. A térmica vai começar a operar em 2021—, garantiu Magela.
Os projetos irão aportar investimentos no montante de R$ 15 bilhões e se tornará a maior área de térmicas do país. Magela explica que a térmica faz parte de um projeto maior, que prevê a construção de outras unidades.
— Mas é preciso ter o gás. Por isso, estamos conversando com todos os produtores de petróleo, pois existe a necessidade do escoamento de gás.
Depois de sofrer fortes impactos com a retração dos investimentos na cadeia do petróleo, das revelações do esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava-Jato e a queda do preço da commodity, Macaé aguarda a materialização de novos projetos no setor.
O Parque Bellavista é um polo industrial privado onde estão instaladas 19 empresas, que vai triplicar de tamanho, passando dos atuais um milhão de metros quadrados para três milhões de metros quadrados. Os investimentos estimados são de cerca de R$ 50 milhões.
Empresas apostam na retomada do setor
O diretor do polo macaense, Leonardo Dias, explicou que a ideia de expansão da área industrial surgiu em 2013, quando o setor de petróleo estava em franco crescimento. E mesmo com a chegada da crise, disse ele, o grupo não desistiu do projeto.
— Mesmo com a crise, optamos por continuar os investimentos e executar as obras de preparação dos terrenos para receber novas empresas — afirmou Dias.
Quatro novas empresas já se instalaram no local, onde cerca de um terço da obra já foi concluída. A expansão total da área está prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2019. Dias afirma ainda que, apesar da crise, nenhuma empresa chegou a sair do parque industrial.
— Houve redução do volume de contratos, porém as empresas operam na expectativa de retomada do setor, inais — explicou.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS