Aeroporto e o heliporto na mira
Paulo Renato Porto 11/07/2017 21:55 - Atualizado em 12/07/2017 12:05
Protesto de servidores em frente à Petrobras
Protesto de servidores em frente à Petrobras / Divulgação
Empregados da UTC Engenharia S/A que moram em Campos se reúnem nesta quarta-feira, na sede do Sindipetro-NF, para traçar as estratégias visando as manifestações que pretendem fazer nesta sexta-feira no aeroporto Bartolomeu Lisandro e no heliporto do Farol de São Tomé. A empresa anunciou demissões em massa na sua unidade em Macaé.
“Nosso objetivo é fechar os dois aeroportos”, disparou Jeferson Alves, um dos lideres do movimento. Segundo ele, são 600 os trabalhadores campistas que atuam na UTC.
Envolvida na Operação Lava Jato, tendo que efetuar pagamento de R$ 500 milhões em troca de um acordo de leniência, a empresa alega que “a Petrobras decidiu não aditar os contratos de manutenção offshore, interrompendo assim as atividades dos contratos que atendem 12 plataformas na Bacia de Campos e que, se a decisão da estatal for mantida, a UTC terá que implantar um plano de desmobilização do seu contingente no local”.
Nesta terça-feira, cerca de 100 profissionais, dos de 1,5 mil demitidos ocupavam o acesso das instalações da Petrobras (UO-BC), na Praia Campista, em Macaé.
“Não vamos deixar uma viatura sequer entrar”, disparava um dos representantes ao lado da comissão de trabalhadores da empresa que falava aos trabalhadores com um microfone, de cima de um caminhão. “A UTC informou que 1.512 trabalhadores deixaram de receber seus salários, mas a Petrobras informou que no dia 05 de julho depositou cerca de 15.751 milhões na conta da empresa para pagar os salários”, acrescentava. A UTC informou que precisava de R$ 19 milhões para arcar com a folha pagamento de salários e outros direitos.
A UTC tem como principal acionista o empresário Ricardo Pessoa, preso na Lava Jato.
A Petrobras, através de nota, informa que “a decisão da UTC de interromper a prestação de serviços ocorreu de forma unilateral e após intensa tentativa de negociação da estatal na busca de uma solução que priorizasse os trabalhadores envolvidos”. A Petrobras acrescenta ainda que “não solicitou a desmobilização do efetivo da UTC, uma vez que os contratos de prestação de serviços ainda estão vigentes e as obrigações assumidas pela companhia estão sendo regularmente cumpridas”. (

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