A Caixa Econômica Federal começa a pagar neste sábado o último lote das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para os nascidos em dezembro. Em Campos, as quatro agências da Caixa (duas no Centro, mais as de Guarus e da Pelinca) terão expediente neste sábado de 9h às 15h, assim como em Macaé (nas agências do Centro e bairro da Glória) e outros municípios da região.
O pagamento está na reta final e acaba dia 31. Prevista para sexta-feira, esta última fase conta com mais de 2,5 milhões de pessoas que terão R$ 3,5 bilhões disponíveis, equivalente a quase 8% do total de R$ 43,6 bilhões.
Para atender a esse público, a Caixa abrirá cerca de duas mil agências nesse primeiro dia para atendimento exclusivo sobre o pagamento de contas vinculadas ao FGTS.
Ainda 60 agências contarão com empregados Caixa para auxiliar no autoatendimento neste sábado.
Os valores até R$ 1,5 mil podem ser sacados no autoatendimento, somente com a senha do Cartão Cidadão. Para valores até R$ 3 mil, o saque pode ser realizado com o Cartão Cidadão e senha no autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa. Acima de R$ 3 mil, as retiradas para não correntistas devem ser feitas nas agências bancárias da Caixa.
Na segunda-feira, as agências abrirão com duas horas de antecedência. Nas regiões em que o banco abre às 9h, o atendimento começa às 8h e fecha uma hora mais tarde. Os funcionários vão solucionar dúvidas, acertar cadastros, emitir senha do Cartão Cidadão e fazer pagamentos.“Chegamos à fase final dos pagamentos. Já conseguimos pagar o benefício a grande parte dos clientes, garantindo o cumprimento praticamente integral do calendário”, disse A vice-presidente de Fundos da Caixa Econômica, Deusdina Pereira.
Sempre que o trabalhador inicia um contrato de trabalho, uma nova conta de FGTS é gerada. Ao encerrar-se esse contrato, a conta torna-se inativa. Caso, ao final do contrato, não se faça o saque dos recursos, a conta inativa fica rendendo juros de 3% ao ano mais taxa referencial.
Governo espera melhorar consumo no varejo
O objetivo do governo federal é estimular a economia com uma injeção de R$ 30 bilhões. O diretor da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes, saudou a medida, mas pondera que, apesar do efeito positivo, “a recuperação parcial do varejo ao longo do ano se insere em um quadro mais amplo de desaceleração dos preços e melhoria nas condições de crédito”. Além disso, “a consolidação do setor depende do crescimento da atividade econômica e as condições do mercado de trabalho”.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que, com a medida, o governo demonstra sensibilidade com as pessoas que se encontram endividadas. “Essas pessoas começarão a ter acesso a esses recursos. Poderão não só saldar suas dívidas, mas também voltar a consumir e dinamizar a economia brasileira”.