Jhonattan Reis
24/07/2017 18:41 - Atualizado em 26/07/2017 19:52
O Museu Histórico de Campos (MHC) abriu, na semana passada, a exposição temporária “Arte Nata”, que tem como objetivo mostrar trabalhos de artesãos e artistas plásticos locais. A exposição fica aberta para visitação do público até o próximo domingo (30). O MHC está localizado à rua Paul Percy Harris, 40, em frente à praça do Santíssimo Salvador, no Centro. Funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 14h.
A gerente do museu, Graziela Escocard, ressaltou que a exposição, que tem curadoria de Carlos Guilherme de Azevedo, evidencia os trabalhos locais feitos nas áreas do artesanato e das artes plásticas.
— O museu sempre abre espaço para os artistas daqui. A exposição conta com ótimas obras, inclusive com o projeto da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) “Caminho de Barro”, que traz arte em cerâmica, e com trabalhos do artista plástico João de Oliveira, que está trazendo novas técnicas — disse, continuando:
— É uma exposição interessante para a gente dar valor aos artesãos da cidade. É uma forma de consagrar o trabalho deles. Ainda é uma mostra que tem tudo a ver com sustentabilidade, pois há vários projetos que acontecem nesse sentido, como um trabalho em que é trabalhada a reciclagem com jeans. É uma ótima oportunidade para estar junto a essas artes, que fazem parte da história do município.
Carlos Guilherme de Azevedo explicou o porquê do nome “Arte Nata”.
— O objetivo é passar a ideia de que buscamos o autoral local. A exposição é uma mistura. Ela veio para mostrar, entre outras coisas, que a gente tem diversidade e qualidade independente do trabalho e do artista. Esta primeira edição da “Arte Nata” reúne uma pequena parte do artesanato autoral local, porque tem muito mais para ser mostrado. Certamente a mostra tomará maiores dimensões nas próximas edições.
O curador da exposição também falou sobre obras que estão expostas.
— Estão na mostra, também, trabalhos de Rosemery Moreira, artesã de Goitacazes (Baixada campista). O trabalho dela é totalmente voltado para o reaproveitamento de materiais e Upcycling de sobras e retalhos de tecidos. Também há a Proud, marca da jovem artesã Mariana Aguiar, que traz uma linguagem mais próxima do discurso da liberdade da mulher em seus diversos aspectos. São vários trabalhos de qualidade.
Para João de Oliveira, a exposição representa uma ótima oportunidade para os campistas estarem em contato com obras de seus conterrâneos.
— Hoje em dia existem poucos espaços na cidade para os artistas locais mostrarem suas obras. O museu está se mostrando um grande parceiro nesse sentido. É muito importante que as pessoas de Campos valorizem o trabalho dos artistas daqui — disse ele, que tem, nesta exposição, obras nunca expostas.
Arte está exposta no Museu Histórico
Arte está exposta no Museu Histórico
Arte está exposta no Museu Histórico
Arte está exposta no Museu Histórico
— É um trabalho inédito meu. Nele, uso o tridimensional, que são três imagens fundidas em um trabalho. Você consegue ver, em uma só obra, três momentos de imagem distintos. Trabalho há um ano com essa técnica, mas é a primeira vez que uma obra destas está em uma mostra. Inclusive, pretendo realizar uma exposição futuramente com estes trabalhos e com outros que não estão nesta exposição do museu.
As obras citadas por João de Oliveira serão enviadas, no fim do mês, para o Museu do Louvre, em Paris.
— Elas estarão no Salão de Artes Contemporâneas, do Museu do Louvre. É um salão internacional, com obras internacionais. Fui selecionado há um mês — contou.