Monsanto, escolhida em 1938 como “aldeia mais portuguesa de Portugal”. Merece o título: empoleirada numa encosta granítica, as casas surgem apertadas entre enormes penedos, com minúsculos quintais e hortas separados por muros de pedra e ladeiras talhadas na rocha viva e que se fundem com ela. O castelo começou por ser um castro lusitano, depois restaurado pelos romanos, e sofreu uma longa história de combates e cercos. Tudo na aldeia foi cuidadosamente preservado, e na pousada local o visitante pode apreciar pratos da região, como sopa de favas e coentros e arroz de coelho.
Trata-se de um local muito antigo, com registro de presença humana desde o Paleolítico. A falta de trabalho aprofundado de caráter científico no campo da arqueologia faz com que certos períodos da pré e proto-história do lugar permaneçam envoltos numa certa obscuridade. De qualquer forma, vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e de vila e termas romanas no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte.
Nas épocas que se seguiram a aldeia foi perdendo a sua importância e, gradualmente, diminuiu também o aglomerado populacional, embora a sua utilização como inexpugnável posto de defesa da região se tenha mantido até ao século XIX. Porém Monsanto nunca perdeu a aura de aldeia medieval, sendo talvez esta a sua característica mais marcante. Perca-se por entre as suas ruelas íngremes, desenhadas por casas de pedra embutidas nas pedras e quintais verdejantes, e suba em direção ao topo do monte. Entre pelas portas do castelo, apreciando a sua imponência, percorra as muralhas e detenha-se a apreciar a magnífica paisagem que o rodeia.
Em Monsanto, não deixe de visitar:
• O castelo, uma das mais impressionantes estruturas militares da Beira Interior
• O forno comunitário, a Capela de São Miguel, os chafarizes e as torres de mensagem
• A “casa de uma só telha”, com cobertura de rocha granítica e a Torre do Relógio
• A capela românica de São Pedro de Vir à Corça, edificada no início do século XIII nas imediações da aldeia