Suzy Monteiro
30/06/2017 22:23 - Atualizado em 04/07/2017 11:59
O julgamento do “escândalo da Edafo” no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) está novamente em pauta, para a sessão da próxima segunda-feira (3). A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) esteva para ser julgada, pela última vez, em 22 de maio. No entanto, a então relatora do caso, a desembargadora Jacqueline Montenegro, atual presidente da Corte, declarou suspeição por “questão de foro íntimo”. O processo foi redistribuído para o desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos. A informação é do blog do Arnaldo Neto, hospedado no Folha 1.
Na eleição de 2014, uma apreensão de material de propaganda irregular no galpão da empreiteira, que tinha contratos com a administração municipal de Campos, revelou um suposto esquema de corrupção eleitoral envolvendo “laranjas”, assessores diretos da então prefeita Rosinha Garotinho (PR) e até uso das dependências da Prefeitura para atividades eleitorais do PR — que à época tinha Anthony Garotinho como candidato a governador, posteriormente derrotado no 1º turno.
A operação ocorreu a partir de denúncia ao Ministério Público Eleitoral (MPE) de que haveria um galpão com propaganda eleitoral irregular de propriedade da Edafo Construções Ltda. No momento da apreensão estava no local, o então subsecretário geral de Governo, Ângelo Rafael Barros Damiano, que era um dos coordenadores da campanha do PR no município.
Em novembro de 2014, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) acusou Garotinho, Rosinha, Ângelo Rafael Damiano e a então deputada estadual, à época já eleita deputada federal, Clarissa Garotinho (hoje PRB) pela montagem de um suposto esquema na Prefeitura de Campos para beneficiar coligados no PR nas eleições de 2014.