O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral foi denunciado pela 11ª vez na Operação Lava Jato pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal em um desdobramento da Operação Calicute e Eficiência. Além dele, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e os operadores Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra foram apontados pelo MPF como operadores financeiros do esquema. A nova denúncia está relacionada à suposta lavagem de R$ 4,5 milhões usando compra de joias.
Esta é a 11ª denúncia contra o ex-governador. Cabral está preso desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Calicute. Adriana Ancelmo cumpre prisão domiciliar desde o final do mês de março após ser beneficiada por liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça. O apartamento dela não pode ter linhas telefônicas nem acesso à internet.
Em depoimento à Justiça Federal, a diretora comercial da joalheria afirmou que Adriana Ancelmo pedia, na maioria das vezes, a fabricação de joias exclusivas e que os pagamentos eram quase sempre feitos em dinheiro."A maioria das vezes as joias eram fabricadas para ela. Adriana gostava de coisas exclusivas e mandava fabricar", contou.
A ex-primeira dama foi absolvida pela Justiça Federal, em Curitiba, em processo sobre lavagem de dinheiro e corrupção. O Ministério Público diz que vai recorrer e já apresentou nova denúncia na sexta-feira (16). Segundo as investigações, joias e pedras preciosas compradas pelo casal são, sim, prova de crime. Adriana e Sérgio gastaram mais de R$ 11 milhões em joalherias, e a maioria das joias ainda não foi encontrada.
Também participaram do acordo de delação o presidente da joalheria, Roberto Stern; o vice-presidente, Ronaldo Stern; o diretor financeiro, Oscar Luiz Goldemberg.