Com interrogatório marcado para dia 27, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) teve negado pedido para que sua defesa retirasse os autos da Ação Penal na qual é réu no caso Chequinho. A defesa queria retirar os autos durante 10 dias, o que foi negado pelo juiz Glaucenir de Oliveira.

O magistrado explicou na decisão: “não vislumbro cabimento e tampouco necessidade de entregar os autos a defesa pelo prazo elástico de 10 dias. Isto porque a defesa já tem conhecimento da integral idade dos elementos probatórios e peças constantes dos autos, o que aponta para a desnecessidade do ato requerido. Por outro lado, os autos interessam também a outros processos por fatos que guardam certa relação de conexão e, desta forma, a retirada dos autos do cartório pode impedir que a defesa dos outros réus e até mesmo o MPE tenham acesso a elementos probatórios que se fizerem necessários para análise”, afirmou o magistrado.

O juiz lembrou que os autos estão à disposição no cartório eleitoral e por meio eletrônico. Glaucenir está substituindo o juiz Ralph Manhães, que está de férias, mas retorna na próxima semana. Será Ralph que irá interrogar Garotinho, dia 27 sendo, também, responsável por proferir a sentença.

Foi neste processo que o ex-governador foi preso em 16 de novembro, por suspeita de coação de testemunhas. Ele chegou a ser levado para Bangu e depois liberado através do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No início de junho, o Ministério Público Estadual pediu no novo pedido de prisão de Garotinho. No documento, encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral, o promotor Leandro Manhãs Barreto afirma que o ex-governador vinha usando as redes sociais para criticar testemunhas e autoridades.

O pedido foi negado pelo juiz Glaucenir de Oliveira, por já ter terminado a fase de oitiva.