A reitoria do Instituto Federal Fluminense (IFF), campus Campos, anulou o concurso realizado e depois suspenso no mês de março, após diversas polêmicas e denúncias de candidatos. Além do cancelamento do certame, foi anunciada a rescisão do contrato com a empresa Metrópole Soluções Empresariais, responsável pela realização do polêmico concurso.
Em nota, o reitor Jefferson Manhães de Azevedo disse que nos termos do processo administrativo instaurado especialmente para apurar possíveis irregularidades no concurso e “acatando parecer da Procuradoria da República e manifestação da Comissão Interna de Acompanhamento do Concurso, torna pública sua decisão de rescindir unilateralmente o contrato com a Empresa Metrópole Comércio Serviços e Soluções Empresariais Eireli – ME, com a consequente aplicação de multa e demais penalidades previstas, anulando as provas realizadas para os cargos efetivos da carreira de Técnico Administrativos em Educação Nível de Classificação “E” - Auditor, Pedagogo, Bibliotecário, Estatístico e Jornalista; e cargos efetivos da carreira de Professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico das áreas Automação Industrial, Desenho Técnico, Engenharia Elétrica, Língua Inglesa e Química, do Quadro de Pessoal Ativo Permanente do Instituto Federal Fluminense, que serão reaplicadas por nova empresa a ser contratada, onde será garantida a exclusividade de participação dos candidatos com inscrição confirmada”.
A nota também esclareceu que algumas seleções foram mantidas. Segundo a reitoria, sem prejuízo à suspensão e rescisão anunciada, parte do contrato será aproveitada, validando assim “as provas realizadas para os Cargos de Assistente em Administração, Auxiliar de Enfermagem e Revisor de Texto Braile, cujo cronograma das etapas pendentes será atualizado e divulgado no portal selecoes.iff.edu.br, bem como no Diário Oficial da União”.
Logo após a aplicação da prova, no dia 19 de março deste ano, inúmeras denúncias de candidatos apontaram que as provas feitas no período da tarde continham questões idênticas às ministradas no período da manhã, além de diversos erros de português.
Em resposta, a empresa chegou a dizer que as reclamações dos candidatos seriam em função do nível da prova e que, por isso, seria aplicada uma prova “100% mais difícil” que a primeira, devido ao cancelamento do certame. À época, o IFF informou a suspensão para apuração de possíveis falhas e anunciou que todos os candidatos com inscrições homologadas permaneceriam habilitados e aptos a participar das novas etapas.
