A segurança no município foi discutida em mais uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Campos, realizada na manhã desta quarta-feira (7), na Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic). Na ocasião, estiveram presentes o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Fabiano Souza, representantes da Polícia Civil e das associações de moradores da cidade. Entre os temas discutidos estão a união de duas facções de Campos e o baixo efetivo de policiais.
Sobre a junção das facções, o comandante do 8º BPM afirmou que a polícia já tem ciência do fato e dos problemas que isso pode causar. Segundo ele, a ordem de unir as facções veio das comunidades do Rio de Janeiro, com o intuito de diminuir o índice de mortes. “Realmente essa é uma verdade. Duas facções de Campos se uniram e isso é espelho do que já aconteceu no Rio de Janeiro. A sala de operações do Rio e nós, do 8º BPM, já estamos em alerta”, disse Fabiano Santos.
Além disso, foram apontadas por representantes das associações questões como o índice de assaltos a comércios e pedestres.
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Reunião aconteceu na Acic
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Reunião aconteceu na Acic
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Reunião aconteceu na Acic
— Já foram roubadas cinco casas lotéricas só este ano em Campos. O prejuízo é alto, porque a maior parte da população hoje tem preferido pagar suas contas nas lotéricas, fora os jogos que também são feitos lá. Então, acredito que seja preciso mais policiamento ao redor desses lugares — relatou o representante dos comerciantes lotéricos, que não quis se identificar por medo de represálias.
O comandante do 8º BPM destacou que o efetivo de policiais está baixo e o motivo não é a ida de policiais para São Gonçalo, já que, ao mesmo tempo em que saem policiais, também entram agentes de outras localidades para dar suporte à cidade. “O que acontece é que tanto a Polícia Civil quanto a Militar, hoje, trabalham com poucos recursos e materiais obsoletos, como as viaturas, que muitas vezes não estão em condições viáveis”, ressaltou.
Fabiano ainda destacou a importância de a população realizar o registro de ocorrências. “Muitas vezes, em um local tem muita reclamação de roubos, mas a própria população não registra as ocorrências e os produtos de roubo continuam transitando pela sociedade sem que as autoridades tomem ciência”, pontuou.