O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nessa terça-feira que a política de reajuste dos combustíveis adotada pela empresa, que prevê que as correções sejam feitas uma vez por mês, não consegue acompanhar a volatilidade do dólar e do preço do petróleo e, por isso, pode ser alterada.
Segundo Parente, os reajustes mensais não são uma questão “bem resolvida” dentro da Petrobras. Porém, explica que ainda não há definição sobre mudança na frequência dos reajustes.
— A volatilidade do preço do petróleo e do câmbio, isso varia todo dia. E a gente está fazendo [os reajustes no preço dos combustíveis] uma vez por mês. Essa diferença é que estamos pensando como pode aproximar mais isso — afirmou o presidente da Petrobras após encontro com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em Brasília.
A Petrobras já havia informado no início de junho, em documento ao mercado, que estuda aumentar a frequência dos reajustes. A alteração traria uma resposta mais imediata da empresa em casos de aumento do dólar, que impacta diretamente no preço dos combustíveis.
O dólar tem registrado maior volatilidade principalmente depois da revelação das delações de executivos da J&F, controladora do frigorífico JBS, e que gerou grave crise política por atingir diretamente o presidente Michel Temer.
Parente afirmou que não há nenhuma decisão sobre qual seria a nova frequência e que a questão ainda está sendo discutida.