O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (24) que a entrega de pedidos de impeachment contra um presidente da República não é como um "drive-thru", ou seja, uma entrega rápida. Aliado do governo, Maia negou que esteja "engavetando" os 12 pedidos já protocolados contra o presidente Michel Temer e argumentou que é preciso ter "calma e paciência" para tratar deste tipo de assunto. Ele disse que a aprovação nessa terça (23) da MP do FGTS dá segurança ao governo de que a base está votando, o que dá mais segurança de que a Câmara está funcionando.
— Não posso avaliar uma questão tão grave como essa (pedidos de impeachment) num drive-thru. Não é assim. Quanto tempo se discutiu aqui o governo Dilma. As coisas não são desse jeito. Temos que ter paciência. Estão dizendo que eu engavetei: não tomei decisão! E não é uma decisão que se tome da noite para o dia. O presidente da Câmara não será instrumento para a desestabilização do Brasil. Esse tem sido o meu comportamento: muita paciência, calma, tentando garantir uma agenda. Estou olhando para 2018, com o Brasil podendo crescer de 3% a 4%. E com esse olhar preciso ter uma agenda que garanta essa possibilidade — disse Maia.
Ele disse ainda que a PEC da Eleição direta é um problema da CCJ. “Se está na Comissão, não cabe ao presidente da Câmara (decidir)”.
Maia comemorou a votação dessa terça e disse que nesta quarta a discussão será sobre o projeto que legaliza benefícios fiscais dados pelos estados dentro da guerra fiscal, como pediu a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia.
Fonte: O Globo