Relatora declara suspeição e julgamento é adiado no TRE
Aldir Sales 23/05/2017 10:35 - Atualizado em 25/05/2017 17:43
Jacqueline Lima Montenegro, presidente do TRE
Jacqueline Lima Montenegro, presidente do TRE/Divulgação
O julgamento do “escândalo Edafo” no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) foi adiado novamente. A pauta estava marcada para a sessão dessa segunda-feira (22), mas a relatora do processo, a desembargadora e presidente do TRE, Jacqueline Lima Montenegro, declarou suspeição por “questão de foro íntimo”.
Desta forma, o processo será redistribuído novamente para só depois poder voltar à pauta do TRE. Ainda não há uma definição para a data do julgamento ou quando será escolhido o novo relator.
Na eleição de 2014, uma apreensão de material de propaganda irregular no galpão da empreiteira, que tinha contratos com a administração municipal de Campos, revelou um suposto esquema de corrupção eleitoral envolvendo “laranjas”, assessores diretos da então prefeita Rosinha Garotinho (PR) e até uso das dependências da Prefeitura para atividades eleitorais do PR — que à época tinha Anthony Garotinho como candidato a governador, posteriormente derrotado no 1º turno.
A operação ocorreu a partir de denúncia de que haveria um galpão com propaganda eleitoral irregular de propriedade da Edafo Construções Ltda. Fiscais do TRE e policiais do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) encontraram no local, no momento da apreensão, o então subsecretário geral de Governo da Prefeitura de Campos, Ângelo Rafael Barros Damiano, que era um dos coordenadores da campanha do PR no município. Em depoimento à Justiça, o DJ Júlio César de Oliveira Cossolosso, que constava como dono do galpão, admitiu ser “laranja” de Paulo Ferreira Siqueira, conhecido como Paulo Matraca, apontado como proprietário da Edafo.
Em novembro de 2014, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) acusou Garotinho, Rosinha, Ângelo Rafael e a então deputada estadual, à época já eleita deputada federal, Clarissa Garotinho (hoje PRB) pela montagem de um esquema na Prefeitura para beneficiar coligados no PR nas eleições de 2014.

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