Matheus Berriel
18/05/2017 19:50 - Atualizado em 21/05/2017 17:25
Aconteceu nesta quinta-feira, no Fórum Maria Tereza Gusmão, a audiência para oitiva de testemunhas arroladas pelo Ministério Público em uma das ações penais de réus do caso Chequinho, que aponta o “escandaloso esquema” da troca de Chegue Cidadão por votos nas eleições de 2016. Réus nesta ação, os vereadores Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC) e Thiago Virgílio (PTC), autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a serem diplomados e já condenados nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), foram notificados a estarem presentes, mas acabaram liberados nos primeiros minutos da audiência, após pedido de um dos advogados de defesa.
Considerada testemunha-chave no caso Chequinho, Elizabeth Gonçalves dos Santos, a Beth Megafone, foi a primeira a ser ouvida. Ela relatou que recentemente sofreu ameaças de origem desconhecida, após ter prestado o depoimento no qual admite sua participação na distribuição do Cheque Cidadão. Na época, Beth era coordenadora da campanha de Linda Mara. Em outro momento, foi enfática ao falar do ex-secretário de Governo da gestão Rosinha, Anthony Garotinho: "Quem decidia era ele".
Outro depoimento importante foi o da testemunha Verônica Ramos Daniel, moradora das casinhas do Parque Prazeres, que chegou a ser presa em 2016. Citada por Beth como sendo proprietária da casa onde os documentos teriam sido exterminados, Verônica negou esta informação. Negou também que tenha distribuído Cheque Cidadão ou trabalhado para o vereador Jorge Rangel, mas que era grata a ele devido a um emprego em um banheiro público.