Nem mesmo o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) escapou da crise na segurança pública no estado do Rio de Janeiro. Pezão teve seu apartamento no Leblon, na Zona Sul da capital, invadido e furtado na última quarta-feira. O caso foi divulgado nesta segunda-feira pelo jornal “O Dia”. De acordo com a Polícia Civil, dois suspeitos foram detidos e os pertences do governador foram recuperados.

Segundo Luiz Fernando Pezão, o objeto de maior valor levado pelos bandidos foi uma camisa do Botafogo autografada por vários ex-jogadores do clube. Pezão ainda disse que as primeiras informações recebidas por ele dão conta de que o grupo que invadiu o apartamento é possivelmente o mesmo que praticou outro assalto em um imóvel próximo.

Os policiais civis confirmaram que os assaltantes são de São Paulo e também especialistas em invasão a residências. Os investigadores informaram, ainda, que o grupo atuava em outros estados e que eles não sabiam que o apartamento pertencia ao governador.

O registro de ocorrência foi feito pela primeira-dama do estado, Maria Lúcia Horta Jardim. O enteado de Pezão reconheceu alguns pertences recuperados na delegacia, como a camisa do Botafogo, uma mala e duas garrafas de bebida.

O próprio governador confirmou que não mora no local há seis meses.

Essa é a segunda vez que o apartamento do governador no Leblon é alvo de bandidos. O local chegou a ser invadido em abril de 2012, quando ele era vice-governador. Na ocasião, joias foram levadas.

Na época, Pezão estava viajando e a empregada doméstica encontrou a porta arrombada e o apartamento revirado.

Insegurança - Além dos assaltos, o Rio vive uma crise na segurança pública. Desde esta segunda-feira, 300 agentes da Força Nacional começaram a patrulhar rodovias federais como a Presidente Dutra, avenida Brasil e Washington Luís. Eles se juntaram a outros 125 homens que já estavam na capital. Ao todo, o prazo para a permanência da força de segurança é de 90 dias.

O objetivo da ação é a ação de bandidos que roubam veículos e cargas. O reforço na segurança no Rio de Janeiro foi anunciado no início do mês após ataques que deixaram nove ônibus queimados na avenida Brasil. Os crimes aconteceram após uma megaoperação da Polícia Militar na comunidade Cidade Alta, na Zona Norte.