Seminário da FMIJ discute acolhimento de menores
30/05/2017 17:05 - Atualizado em 31/05/2017 14:22
III Seminário Interno da FMIJ
III Seminário Interno da FMIJ / Supcom
Entre janeiro e abril deste ano, o Centro de Referência da Criança e do Adolescente (CRCA), ligado à Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ), registrou 97 novos casos de acolhimento – crianças e adolescentes de 0 a 17 anos que tiveram seus direitos violados e por isso foram temporariamente retirados da convivência familiar. O número, considerado alarmante, foi apresentado durante o III Seminário Interno da FMIJ, nessa segunda-feira (29), no Teatro Municipal Trianon.
O levantamento dos dados trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de reverter este quadro. A presidente da fundação, Suellen André de Souza, frisou já começou a traçar estratégias para mudá-la.
— Assim que cheguei, me disseram que as ações da Fundação eram 80% para a Proteção Social Especial e 20% para a Proteção Social Básica. No início, eu dizia que queria balancear este percentual em 50% de cada lado. Hoje, vejo que não pode ser assim. Precisamos inverter a situação, investindo nas ações preventivas para evitar a necessidade de acolhimento destas crianças — avaliou a presidente.
A coordenadora do CRCA, Karla Janine, destacou que o acolhimento deve ser uma medida excepcional e transitória, depois de esgotadas todas as possibilidades de aplicação das medidas protetivas. Participando do Seminário pela primeira vez, o Conselho Tutelar também apresentou estatísticas. Em 2016, o órgão realizou 10.206 atendimentos e recebeu 4.562 denúncias. Dos casos encaminhados ao CRCA ao longo do ano passado, 290 foram feitos pelos cinco Conselhos Tutelares instalados no município. (A.N.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS