Jane Ribeiro
26/05/2017 21:35 - Atualizado em 29/05/2017 13:18
A secretaria municipal de Saúde de Campos suspendeu a portaria que interrompia o funcionamento, as internações, atendimentos ambulatoriais e exames no setor de oncologia da Sociedade Portuguesa de Beneficência, unidade contratualizada do município. A decisão oficial foi publicada na edição dessa sexta-feira, do Diário Oficial (DO) do município. A suspensão se deu no dia 6 de abril, após recomendação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Campos, diante de denúncias de falhas estruturais e administrativas na unidade hospitalar.
Uma das denúncias foi feita pela vigilante patrimonial, Jocielma Manhães Gusmão, 50 anos, que acusou a unidade hospitalar de “negligência” no tratamento do seu neto, paciente oncológico de 12 anos, que faleceu na UTI Pediátrica do Hospital Ferreira Machado (HFM).
Na época, foi determinado que a regulação municipal procedesse a remoção e o pronto redirecionamento de todos os pacientes internados ou em tratamento na unidade hospitalar, clinicamente sem riscos, para outros hospitais.
Durante 51 dias, uma comissão instaurada pela secretária realizou vistorias, que resultaram em relatórios apresentados ao Ministério Público no dia 9 de maio. Ainda neste período de suspensão, a unidade fez ajustes em suas dependências para melhoria do atendimento.
A nova portaria determina que seja reaberto o atendimento realizado no Hospital Beneficência Portuguesa, de acordo com os critérios e parâmetros dos estabelecimentos de Saúde habilitados na atenção especializada em oncologia.
A Folha tentou contato com a direção hospital, mas não obteve retorno.