Em meio ao período de deslocamento de polícias militares de Campos para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, mais um assalto foi registrado no início da noite desta segunda-feira. Mesmo com garantias do 6º Comando de Policiamento de Área (CPA) de que o patrulhamento não seria afetado, para impedir que policiais do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM) sejam transferidos, mesmo que temporariamente, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), ingressou, nesta segunda, com um pedido de liminar e tutela antecipada na 4ª Vara Civil de Campos e na 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. No dia 10 de maio, o juiz da mesma Vara, Eron Simas, determinou o retorno imediato dos 40 policiais militares do 8º BPM que foram cedidos ao 7º Batalhão de São Gonçalo. Dois dias depois, com base em agravo de instrumento da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ), a desembargadora Claudia Pires dos Santos Ferreira, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), suspendeu a liminar de primeira instância que impedia o remanejamento dos agentes, entre os batalhões de Campos e São Gonçalo.
A CDL, desta forma, se alinha com a Defensoria Pública e o Ministério Público de Campos que também pediram que essas transferências sejam impedidas. Ao mesmo tempo a Federação das CDLs do Estado do Rio de Janeiro está dando tratamento final a um documento que será enviado ao Ministro da Justiça para que seja reforçado o contingente de homens da Força Nacional de Segurança na cidade do Rio de Janeiro, no sentido de diminuir a sensação de insegurança da capital.
— Enviar homens do Batalhão de Campos ou mesmo de Itaperuna para a cidade do Rio não resolve. Não resolve o problema de lá e cria problemas aqui, sendo a velha história do cobertor curto. Então a solução seria mesmo aumentar o número de homens da Força Nacional — disse Marcelo Mérida, presidente da Federação das CDLs.