Chegar aos 100 anos e esbanjar vitalidade não é para qualquer um. Maria Cardoso, conhecida como Inhorinha, provou ser uma privilegiada ao comemorar o seu centésimo aniversário ao lado dos familiares. O encontro foi em uma churrascaria da cidade onde muitas homenagens foram feitas. A idosa é casada, não teve filhos, mas o amor foi dividido aos sobrinhos e sobrinhos netos que vieram de várias partes do Brasil para comemorar seu aniversário.
Dona Inhorinha veio de uma família simples do interior de São João da Barra, com 11 irmãos. Hoje, ela mora em Campos e está no terceiro casamento. Brincalhona, dona Inhorinha contou que nunca teve o desejo de viver tanto tempo assim.
— Quando eu tinha 80 anos, nas consultas de rotina os médicos falavam que eu ia longe, mas eu nunca quis chegar aos 100. É muito tempo, né? Hoje vejo como sou amada pelos meus sobrinhos, pelos filhos deles que considero como meus netos e pelo meu único irmão vivo. Receber uma homenagem como essa não é para qualquer uma, estou muito feliz — declarou ela.
Mas, como chegar a essa idade saudável, com disposição, boa memória e muito humor? Para dona Inhorinha a fórmula se resume a uma vida simples, de trabalho como missionária, fé em Deus, amor à família e também ao próximo. Sem problemas de saúde, a pensionista revelou que ainda costura, borda, faz lindas peças de crochê, tudo sem precisar de óculos.
Ana Nery, uma das sobrinhas, que teve a ideia de reunir toda a família para comemorar o centenário de dona Inhornha, disse que a idosa vive uma vida tranqüila, mas com muitos afazeres domésticos e da igreja.
— Titia é uma pessoa muito ativa. Vai à igreja sozinha e a pé, faz uma comida maravilhosa e tem uma lucidez de dar inveja. Todos nós aqui estamos muito felizes por ela ter conseguido chegar aos 100 anos e vamos, com certeza, comemorar muitos outros — disse Ana emocionada.