Paula Vigneron
18/05/2017 13:48 - Atualizado em 19/05/2017 13:38
A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) foi premiada, pela terceira vez, por reconhecimento ao trabalho desenvolvido com pesquisas científicas. Apesar da crise financeira do Estado, que atinge o envio de verbas à instituição, prejudicando, também, os bolsistas do programa de iniciação científica, a Uenf conquistou o Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, conferido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na categoria Mérito Institucional, válido pelo ano letivo de 2016.
A premiação será recebida em julho, na cidade de Belo Horizonte, durante a 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Os dois primeiros prêmios foram recebidos em 2003 e 2009, na mesma categoria. Pró-reitora de pós-graduação e professora da universidade, Rosana Rodrigues contou que a Uenf faz parte do programa de iniciação científica do CNPq — instituição federal de fomento a bolsas e pesquisas — desde 1995.
Para a docente, a premiação é um incentivo que a agência de fomento dá às universidades e aos graduandos por meio do programa. Eles recebem uma bolsa mensalmente para atuação, junto aos orientadores, em um projeto de pesquisa aprovado internamente por um comitê que avalia os trabalhos.
—O aluno é avaliado anualmente. O programa da universidade também. Com base nesses resultados, nós ficamos muito felizes ao receber a notícia de que, na categoria Mérito Institucional, a Uenf é a melhor instituição no quesito iniciação científica para o CNPq. Isso mostra o potencial dos nossos alunos, docentes e técnicos. Então, precisamos continuar lutando. Temos feito isso diariamente — afirmou.
Quanto às bolsas, cujos repasses estão comprometidos pelos problemas financeiros do Estado, a pró-reitora explicou que cerca de 50% delas é paga pelo CNPq, do governo federal. A outra metade é custeada com uma verba descentralizada da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
—Nossa opção de utilizar essa verba é fazer o pagamento de bolsas aos alunos que têm mérito e destaque em seus respectivos cursos. As bolsas pagas com essa verba estão ligeiramente atrasadas, igualmente aos salários dos professores e dos técnicos. A grande questão que temos, hoje, são os repasses relacionados à pesquisa. É urgente que o governo volte a fazer os repasses para a Faperj para que ela possa pagar os projetos de pesquisa aprovados pelos pesquisadores da Uenf. Temos um montante de projetos aprovados e não pagos na ordem de R$ 12 milhões — revelou. Apesar da crise, os estudantes continuam a ingressar no programa de iniciação científica, formado por aproximadamente 400 alunos dos cursos de graduação.