Segmentos revelam a receita
Dora Paula Paes, Jane Ribeiro, Jhonattan Reis, Matheus Berriel, Channa Vieira, Celso Cordeiro Filho e Paulo Renato Porto 30/05/2017 11:00 - Atualizado em 31/05/2017 14:48
Para superar crise, a receita apresentada na Feijoada da Folha, realizada no último domingo (28), foi uma só: manter o ritmo de trabalho. Empresários, de vários segmentos de Campos e região, contam que já estavam acreditando no início da retomada dos negócios, ainda em 2017. Mas, as recentes denúncias, que afetaram o presidente Michel Temer (PMDB) e fizeram os corredores do Planalto, Câmara Federal e Senado tremerem, atingiram o otimismo crescente do empresariado. Nada, no entanto, suficiente para desanimar, tirar o foco e a confiança. Durante a realização da 26ª Feijoada, uma homenagem aos 100 anos do nascimento do “Velho Guerreiro” Chacrinha, o propósito do evento se mantém o mesmo: reunir o empresariado, políticos, outras pessoas da sociedade de Campos e região para confraternizar e manter o diálogo empresarial em dia. O prato principal é realmente a feijoada, mas também rola muita troca de informações. Para realizar o evento a Folha conseguiu reunir parceiros importantes no município. Como patrocinadores, o Grupo Folha se uniu ao Grupo MPE, do empresário Renato Abreu; à Rad Med Diagnóstico e Imagem; à Concessionária Águas do Paraíba, ao Grupo que representa o Hospital Geral ProntoCardio, à Vital Engenharia e à empresa Fraezam Engenharia para fazer o evento. Também teve apoio importante na realização da tradicional feijoada, contando com o Grupo Imbeg, Autoviação Rogil, o Sicoob Sul, a rede SuperBom, a clínica dentária Sorrié e a clínica Renova, além da franquia Hope, da Same Serviços Médicos, da cachaça Tellura, da cerveja Proibida e do Grupo Thoquino. Todos, de certa forma, empenhados em não deixar o medo paralisar e usar a criatividade para vencer no atual momento econômico do país.
“Já vivi muitas crise, em 40 anos como empresário, mas igual a essa, com esse tamanho, nunca. O Brasil é muito maior do que a crise. E quanto à economia regional, o porto do Açu é uma questão de tempo para se tornar a realidade que todos esperamos Mas eu sou ainda otimista”. Renato Abreu - presidente do Grupo MPE
“Acho que nós da classe empresarial nos surpreendemos todos os dias com notícias bombásticas. A situação econômica é complicada, mas temos que viver com mais esperança. Tenho confiança de que haverá uma mudança radical no pais que vai beneficiar todas as classes”. Carlos Mário de Souza - diretor da Rad Med
“Nunca tinha presenciado uma situação a que nós estamos vivendo, uma crise econômica provocada pela política. Estamos vivendo uma situação sui generis. Como sair disso não tenho a fórmula, mas vamos sair e devemos ser otimistas. Quero agarrar na esperança de que haverá mudanças”. Carlos Drumond Coutinho - diretor da Rad Med
“Tenho certeza que o Brasil vai sair desta crise num prazo mais rápido possível. Existem dois pilares da vida nacional que não podem ser penalizados: saúde e educação. O nosso grupo, por exemplo, a despeito de tudo, continua investindo e agora em Campos”. Pedro Nazar - diretor-Presidente do Hospital Geral ProntoCardio
“Quanto à crise, eu acho que nós já estávamos até saindo dela, quando surgiu esse caso JBS. Mas a Lava Jato tinha que acontecer. Ela foi como um freio de arrumação. A partir daí, o país sairá melhor porque o dinheiro que hoje sai para a corrupção poderá ser destinado para educação e saúde”. Juscélio Azevedo - superintendente da Águas do Paraíba
“Criatividade. Esta é a palavra-chave para que possamos atravessar este momento difícil da vida brasileira. É preciso ter flexibilidade, uma vez que os estoques estão cheios provocando muitas devoluções. Através de pequenos ajustes, trabalho, e, sobretudo, muito criatividade”. Wagner Matos - diretor da Faezam Engenharia
“Sem dúvida, um dos setores mais atingidos pela crise foi o da construção civil. Em relação a 2014, houve uma redução de 15% das atividades provocando, logicamente, demissões no setor. Mas acredito que aos poucos o Brasil encontrará o caminho seguro e voltaremos à normalidade”. Paulo Cesar de Freitas - presidente do Grupo Imbeg
“Estamos sofrendo um impacto muito grande com todos esses escândalos. Mas, não podemos perder o entusiasmo. Nós da Sicoob estamos otimistas e gerando mais negócios para o Norte e Noroeste Fluminense. Vamos abrir quatro novas agências, duas delas em Campos”. Carlos Henrique Bispo – gerente da Sicoob Sul
“Esse ano a gente espera manter o que aconteceu no ano passado. Não temos muito expectativa de crescimento, mas acreditamos que a gente vai manter os investimentos, as obras, e tentar manter tudo que a gente pode para esperar que o próximo ano seja diferente”. Lucas Barcelos - gerente do Grupo Barcelos/SuperBom
“Acredito que o país só vai entrar num período de normalidade depois que passar essa turbulência com essa crise econômica, que é também moral, mas que desestimulou as pessoas a investir. Alguns projetos previstos para acontecer este ano vão ficar mesmo para o ano que vem”. Anderson Siqueira - proprietário Clínica Sorrié
“Eu estava tentando ver uma luz no fim do túnel, quando surgiu a delação da JBS comprometendo o presidente da república. Me deixou sem perspectiva que a gente melhore nos próximos dois anos. Temos que buscar um sistema de contenção para que a gente possa manter o preço viável”. Mirza Kuri - médica e proprietária da Clínica Renova
“Acho que a gente tem que buscar um caminho para fortalecer a nossa marca, para que a gente consiga se manter forte quem sabe até crescer, mesmo estando em um momento complicado. Acho que o país está passando por uma transformação, mas acredito em dias melhores”. André Bousquet - sócio da franquia Hope
“A gente está muito otimista com esse ano. Já demonstramos algum tipo de reação. Estamos abrindo uma filial em Campos. A perspectiva da região está superando a média nacional. Campos ainda está fomentando bastante, com essa questão do Porto. Isso é muito importante”. Ricardo Goulart - Same Serviços Médicos
“Para enfrentar a crise, temos que ter muito trabalho, dedicação e muitas outras coisas, entre elas pé no chão. Não devemos abaixar a cabeça e precisamos continuar. E eu acredito no Brasil, sempre acreditei. Acho que com trabalho e dedicação conseguimos passar por isso”. Jorge Parente - sócio da Cerveja Proibida
“A alternativa para driblar a crise é ser criativo, é tentar inovar, buscar novos negócios, novos mercados, e é o que a gente vem fazendo. Chegamos, há dois meses, com a Proibida em Campos. Então, num momento de crise, a gente está investindo em um negócio”. Rogério Parente - sócio da Cerveja Proibida
“Meu pai, Hugo Aquino, que dirigia a empresa que já está com 110 anos, a Thoquino, um Grupo que está junto com a Folha da Manhã há 26 anos, dizia que crise só se vence com trabalho dobrado. Não tem outra solução. Temos que trabalhar dobrado para superar essa crise”. Lia Mirian Aquino Cruz - empresária do Grupo Thoquino
“Nós iniciamos o ano com boas perspectivas, mas para o segundo semestre, as coisas se agravaram com essa crise, que é mais moral que política e econômica. As micro e pequenas empresas são as que mais sofrem com a alta carga tributária e dificuldades de financiamento”. Leonardo Abreu - proprietário da Chicre Cheme
“O país vive um momento de incertezas. Não há ambiente para novos investimentos, mas somos um país temos enormes potencialidades, base industrial, qualificação, riquezas naturais, daí que creio numa recuperação e médio e longo prazo. Toda crise é passageira”. Paulo Roberto Santos - proprietário da Zazá Calçados

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