Iniciada dragagem no canal da Barra do Furado
19/05/2017 15:34 - Atualizado em 23/05/2017 18:55
Dragagem em Barra do Furado
Dragagem em Barra do Furado / Supcom
Começou na manhã desta sexta-feira (19), a dragagem da barra do canal da Barra do Furado, no limite entre os municípios de Campos e Quissamã. O trabalho foi iniciado com uma "dragline" cedida a Campos pela secretaria estadual do Ambiente (SEA), deslocada do Canal Cambaíba, que estava sendo desassoreado. Uma máquina, pertencente à Prefeitura de Quissamã, vai auxiliar nos trabalhos.
O superintendente municipal de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso, informou que “a retirada dessa areia acumulada aí na entrada da barra vai permitir que os barcos voltem a entrar e sair do ancoradouro, o que não acontece há várias semanas”.
Cerca de 80 barcos estão presos no ancoradouro, sem condições de sair para o mar devido ao fechamento da barra. E outros 500 de toda a região que semanalmente movimentavam a localidade, não conseguem entrar para aportar e acabam descarregando em outras cidades, como Macaé, e até em municípios do Espírito Santo, afirmam os pescadores.
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“Eu tinha quatro barcos, mas um virou tentando entrar na barra e quebrou. A esperança é que em breve estaremos de novo entrando no canal e movimentando a economia local”, afirmou o dono de barcos Adilsandro Ferreira. Segundo ele, a barra fechada prejudica principalmente frigoríficos, postos de combustíveis, fábricas de gelo, pessoas que trabalham na manutenção dos barcos e outros pequenos pontos comerciais da região.
O superintendente de Pesca e Aquicultura José Roberto Pessanha, o Betinho, se mostrou otimista com o início da dragagem. "Em pouco tempo acaba o defeso do camarão, e precisamos ter condições de fazer o desembarque do crustáceo e mandar para Santa Catarina. São cerca de 600 toneladas, por mês, gerando grande circulação de renda em toda essa região. Com a abertura da barra, tudo voltará ao normal", explicou.
Desta vez a dragagem será feita de forma diferente em relação à última, ocorrida em setembro do ano passado, quando os sedimentos retirados foram acumulados em uma das laterais e acabou sendo, aos poucos, levado de volta para o mesmo local pelas correntes marinhas e marés. Com uma autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), toda a areia retirada será empurrada com uma pá mecânica para o lado oposto ao aterro, a cerca de 100 metros da barra. (A.N.)

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