Pezão pede ajuda federal após cinco mortes no Alemão
27/04/2017 14:51 - Atualizado em 04/05/2017 18:40
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, voltou a afirmar que precisa de ajuda do governo federal, após cinco mortes em seis dias no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. Em entrevista à rádio CBN na manhã desta quinta-feira (27), ele disse que o estado tem quatro mil policiais militares formados, mas que os agentes não podem começar o serviço por falta de dinheiro. O governador pediu recursos para segurança no Rio:
- Eu preciso ter mais recursos. Eu tenho quatro mil policiais pra serem admitidos, mas, infelizmente hoje não posso admiti-los, não há recursos - disse Pezão.
O governador afirmou ainda que pediu ao presidente Michel Temer para manter a ajuda da Polícia Rodoviária Federal na fiscalização da entrada de fuzis e outros armamentos pelas rodovias federais:
- O fuzil virou arma banal na Região Metropolitana do Rio e na cidade do Rio. A gente precisa ter policiamento reforçado nas nossas fronteiras. A Polícia Rodoviária Federal tem se desdobrado. Tenho pedido ajuda sistematicamente, de 15 em 15 dias, tanto ao ministro Jungmann, ao presidente Michel Temer para fiscalizar as nossas fronteiras.
Outra preocupação do governador é o elevado número de mortes de PMs este ano no estado, 59 até agora. Sobre os últimos seis dias de confrontos no Complexo do Alemão, que começaram na última sexta-feira, com a tentativa de instalação de uma torre blindada da PM na comunidade, e resultaram em cinco mortes, Pezão disse que "nenhuma vida vale a pena o confronto”:
- É importante a gente não achar normal que perdemos, em quatro meses, mais de 50 policiais. Eu tenho pedido permanentemente ao coronel Roberto Sá, ao coronel Wolney, que nenhuma vida vale a pena o confronto. A gente também não pode achar normal que o policial entre lá e tenha que ficar dentro de uma cabine blindada porque toda hora é alvo de tiros. Ali (no Alemão) sempre foi uma área difícil para gente — disse.
Na última quinta-feira, Felipe Farias, de 16 anos, morreu após ser atingido por uma bala perdida na comunidade da Nova Brasília, durante um tiroteio pouco depois de uma manifestação de moradores pela morte de Paulo Henrique de Moraes. O jovem de 13 anos foi morto na última terça-feira, também vítima de uma bala perdida, quando jogava videogame na casa de um vizinho.
Fonte: O Globo

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