Campos continua com rotina de violência. Somente nesta quinta, mais duas pessoas foram assassinadas, ambas na região de Guarus. O autônomo Marcelo Machado Nogueira, de 50 anos, foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira, por volta das 17h, na Rua Maracanã, no Parque Presidente Vargas, elevando a nove o número de homicídios registrados no mês de abril, em Campos. O oitavo crime ocorreu menos de seis horas antes, no Novo Eldorado, onde Luciano Ramos da Costa, 23 anos, foi morto a tiros, na rua 18, onde trabalhava. Com as duas mortes, sobe para 65 o número de homicídios nos quatro primeiros meses de 2017.

No Presidente Vargas, Marcelo estava sentado na calçada da rua Maracanã, paralela a rua Peri Peixoto, onde morava. Populares teriam contado à Polícia Militar que só viram um carro preto passar e ouviram os disparos. O homem caiu de rosto para o chão e, no local, policiais encontraram apenas uma cápsula calibre 9 mm, mas observaram quatro perfurações nas costas.

A esposa, que não quis se identificar, contou que viu o marido pela última vez pela manhã, quando saiu para trabalhar e ao chegar ouviu os disparos, mas não imaginou a vítima seria o esposo. “Aqui é até normal ouvir tiro, não tem hora para acontecer, mas nem passou pela minha cabeça que seria com o Marcelo”.

Menos de seis horas antes no Novo Eldorado, Luciano, que segundo a Polícia Militar, trabalhava como ajudante de pedreiro em uma obra foi chamado e, ao sair, executado a tiros no meio da rua. No local foram apreendidas várias cápsulas deflagradas de calibre 9 mm.

Os corpos foram removidos pelos Bombeiros e levados para o Posto Regional de Polícia Técnica científica (PRPTC) e as ocorrências encaminhadas para a 146ª Delegacia de Polícia (Guarus).

Investigações - Sobre os três homicídios dessa quarta-feira (5), o delegado titular da 146ª DP, Luis Maurício Armond, disse que Vinícius Santana Tavares, 23 anos, encontrado morto à margem da lagoa Maria do Pilar, era filho de um dos dois mortos pela manhã, no Parque Santa Rosa. Os corpos de Renata Silva Machado, de 37 anos e Marcelo Rogério Tavares foram encontrados dentro de uma casa.

Segundo Armond, as informações iniciais indicam que Marcelo já trabalhou em Macaé, mas não há informações se o casal seria de Campos ou do município vizinho. Ele descartou a possibilidade de ligação entre os três crimes de quinta-feira e os desta quinta.

No local do crime, policiais militares chegaram a identificar o homem com outro nome, por conta documento achado na residência. Na manhã desta quinta, no entanto, a informação foi retificada, apontando Marcelo como a verdadeira vítima. Marcelo e Renata foram mortos na casa onde moravam. O corpo dele foi encontrado próximo ao portão e o dela embaixo da cama.