Angela Merkel sai fortalecida antes das eleições legislativas
27/03/2017 13:07 - Atualizado em 04/04/2017 16:30
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Angela Merkel / Divulgação
A chanceler alemã, Angela Merkel, celebra nesta segunda-feira (27) a vitória incontestável de seu partido em uma eleição regional, que representa um novo fôlego ante os críticos e freia as ambições dos social-democratas de derrotá-la nas legislativas de setembro.
"Começou a desmitificação do líder dos social-democratas do SPD, Martin Schulz", que segundo as pesquisas ameaçava a chanceler, declarou Volker Bouffier, um dos líderes da União Democrata Cristã (CDU), após a grande vitória do partido de Merkel no pequeno estado regional de Sarre.
A CDU obteve 40,7% dos votos, cinco pontos a mais que na eleição anterior neste estado, uma região com tradição operária e de mineração, próxima da fronteira com a França.
A eleição supostamente era um teste da capacidade de Schulz de derrotar Merkel, que está há 12 anos no posto de chefe de Governo e vai lutar em setembro por um quarto mandato.
Schulz, no entanto, não demonstrou abatimento. "As campanha eleitorais são corridas de fundo e não de velocidade. Nós temos um ótimo e longo fôlego", disse.
'Grande sinal'
Apesar do discurso, o resultado regional foi uma ducha de água fria no SPD. O partido de Schulz buscava a vitória em Sarre, estado em que - como na coalizão liderada por Merkel a nível nacional - governa como sócio minoritário da CDU.
A imprensa alemã destaca nesta segunda-feira, sem eufemismos, as limitações do "efeito Schulz", que nas pesquisas mais recentes aparecia empatado com Merkel a nível nacional.
Sarre, com apenas 800 mil habitantes, "é um estado pequeno, mas deu um grande sinal", afirma o jornal popular Bild.
Outras duas eleições regionais estão previstas para maio na Alemanha, antes das legislativas de 24 de setembro.
No início do ano, o SPD tinha apenas 20% das intenções de voto nas pesquisas, mas a atribuição de sua liderança a Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, levou o partido a ganhar 10 pontos nas previsões de voto a nível nacional em um tempo recorde.
Por este motivo, os social-democratas começaram a sonhar com a possibilidade de virar uma alternativa a Merkel, uma chanceler que passou a receber críticas inclusive dentro de seu partido depois que permitiu a entrada, em 2015 e 2016, de um milhão de pessoas que solicitavam asilo.
Fonte: G1

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