Ex-presidente FHC depõe na Justiça Federal sobre acervo
10/02/2017 11:18 - Atualizado em 11/02/2017 14:41
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) depôs, nessa quinta-feira (9), na Justiça Federal em São Paulo, como testemunha em processo da Lava Jato. FHC foi arrolado como testemunha de defesa pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Seu depoimento, que durou cerca de uma hora, ocorreu em audiência via videoconferência com o juiz Sérgio Moro, de Curitiba. FHC afirmou que as trocas de presentes entre presidentes e líderes de nações são formais e acabam por gerar um acervo presidencial. De acordo com lei federal, cuja regulamentação foi estabelecida durante o governo do ex-presidente, o acervo pessoal é considerado de interesse público no Brasil. Assim, de acordo com FHC, o acervo de cada ex-presidente acaba por se tornar “um problema” para o ex-mandatário, já que este passa a possuir coleção de objetos que são de interesse público, mas que geram demandas pessoais de depósito.
FHC afirmou que faz uso da Lei Roaunet para manter o acervo que lhe cabe, e que tal material pode até, se o ex-presidente quiser, ser vendido, após ser oferecido, antes, ao Tesouro Nacional. FHC disse: “Claro, eu não vendi nada”. Lula também não vendeu.
Perguntado pela defesa de Lula se ele sabia que propinas eram pagas na Petrobras durante sua gestão, FHC disse que o presidente da República não pode saber de tudo. O mesmo argumento quando perguntado se tomou conhecimento, quando estava na Presidência, da existência de cartel atuando na Petrobras. (S.M.) (A.N.)

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