Suzy Monteiro
04/02/2017 10:38 - Atualizado em 05/02/2017 16:08
O juiz Ralph Manhães negou pedido de suspeição formulado pela ex-prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, e seu marido Anthony Garotinho. O casal alegava que o juiz não usava de imparcialidade em suas decisões. Também na eleitoral, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) principal do “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos foi marcada para 24 de março. São réus na ação Rosinha, a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Alvarenga; a ex-coordenadora do programa social Gisele Koch; e os candidatos a prefeito e a vice apoiados pela então prefeita, respectivamente, Dr. Chicão (PR) e Mauro Silva (PSDB). A audiência para oitiva de testemunhas acontecerá às 9h, no Fórum da Comarca de Campos.
O juiz destaca que os argumentos levantados na suspeição não indicam qualquer parcialidade: “Sendo teses meramente protelatórias, com intuito de tumultuar o processo e criar uma abstrata imparcialidade deste magistrado, que sempre primou pela honradez e pelo cumprimento do dever, nos termos do juramento quando da sua posse na magistratura”.
Ralph lembra que pedidos semelhantes já foram rejeitados em instância superior. O juiz ainda remeteu o novo pedido ao desembargador Relator Marco Couto em razão da sua prevenção para o julgamento dos recursos e demais questões referentes a este inquérito.
Audiência — A Aije citando a ex-prefeita Rosinha foi a primeira proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Quatro dias depois foram propostas as demais, contra então candidatos a vereador. Onze foram eleitos e já condenados. Ana Alice e Gisele chegaram a ser presas na operação Vale Voto.