Ao apresentar o filme “Crimes e Pecados”, na sessão dessa quarta-feira (9), do Cineclube Goitacá, o advogado, publicitário e crítico de cinema Gustavo Oviedo destacou a “excelência” da obra do cineasta Woody Allen e observou que se trata de uma das mais significativas produções de sua obra cinematográfica. “No meu entender, apesar de fazer um filme por ano e de qualidade, a sua melhor fase vai dos anos 70 até o final da década de 80”, acentuou.
Neste ponto, lembrou filmes como “Manhattan”, “A Rosa Púrpura do Cairo”, “Hanna e suas Irmãs” e “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”. Após a exibição, Oviedo manteve um diálogo com a plateia, que transcorreu com participações diversas, todos procurando enfatizar os melhores momentos de “Crimes e Pecados” e a qualidade de outros filmes. “O pior Woody Allen é sempre melhor do que a maioria dos filmes produzidos por aí. Allen só é comparável a Allen. Sem dúvida, é um gênio. Aliás, sua obra comprova tudo que falo”, destacou o professor e pesquisador de cultura popular Marcelo Sampaio.
Como sempre acontece nas sessões de quarta-feira no Cineclube Goitacá (sala 507 do edifício Medical Center, localizado na confluência das ruas Conselheiro Otaviano e 13 de Maio), o produtor cultural e crítico de cinema Antonio Luiz Baldan apresentou um curta-metragem. Desta feita, o escolhido foi “Milk of Amnesia”, dirigido por Jeff Scher. Ao apresentá-lo destacou que era uma homenagem a Gustavo Oviedo, que é argentino, por apresentar dois tangos em sua trilha sonora. Explicou que a obra “é uma aproximação lírica, não linear da forma como o cérebro organiza (e abandona) as coisas do cotidiano”.